24/09/2008

Onde foram parar as malditas notas de 10?

Existem problemas importantes e urgentes para eu me preocupar, como o aquecimento global e o colapso no sistema financeito norte-americano. Entretanto, pequenos eventos do dia a dia acabam interferindo de maneira mais objetiva o curso da minha vida.
Há alguns dias, estava eu em um passeio socrático* pelos corredores de um shopping center de São Paulo. Fiquei por lá uma boa hora e meia. Juntei uns trocados e tomei um cafezinho, perfeito para acalmar o frio que sentia e aliviar o peso de pelo menos uma tonelada de moedas.
Minutos mais tarde, decidi que era o momento de retornar ao aconchedo de meu lar. Bilhete único sem crédito, carteira recém esvaziada, momento de apelar para o caixa eletrônico. O saldo da conta não era muito animador, algo em torno de R$ 17,00. O.K., paciência, gastei demais, torrei a grana, já era, perdeu playboy. Mas pro busão até o Pari, dava.
O tormento começou no momento em que introduzi e retirei o cartão. É impressionante o quão desconfiadas essas máquinas são. Depois de responder um quiz a respeito de mim mesma (mês do aniversário, senha numérica, ano do nascimento, os dois primeiros números do CPF multiplicado por 5 e dividido por três, signo zodiacal, ascendente...), finalmente chegou o momento de receber minha recompensa, um saque de R$ 10,00. “Notas disponíveis: 20 e 50”, foi esse o aviso que li no monitor daquela máquina sádica.
Mais três tentativas, quatro caixas eletrônicos e o mesmo maldito problema: 20 e 50.

Voltei a pé. Merda. ODEIO andar.

*Sócrates, filósofo grego que viveu entre os anos 470 e 399 a.C, costumava caminhar pelas ruas de Atenas e observar a quantidade de bens materiais de que não necessitava para viver.

Um comentário:

Anônimo disse...

kkkk, nao acredito... vc andou de qual shopping ate a sua casa? espero q tenha sido o D.. rs